O termo (scénario no original francês), é de origem italiana e pertence ao vocabulário do teatro, mas emigrou para as práticas técnicas do cinema a partir dos anos de 1910. É um documento narrativo que descreve aquilo que será filmado. O argumento pode conter diálogos e diferencia-se da planificação pela sua forma literária e pelo facto de a narrativa ser nele fragmentada em cenas e não em planos. Mas a elaboração de um argumento cobre frequentemente etapas muito diferentes do trabalho de preparação: distingue-se então a sinopse, o tratamento, a continuidade e a planificação. Cada uma das etapas adiciona pormenores tanto no plano narrativo como no técnico. Distinguiram-se duas grandes formas de argumento: o «argumento modelo» e o «argumento programa». O primeiro instaura uma ordem mais diretiva, dá indicações precisas de rodagem, «organiza as peripécias numa estrutura pronta a ser filmada» (Francis Vanoye); o segundo deixa um espaço mais ou menos importante aos acasos e à improvisação, aquando da preparação e da rodagem. (Aumont e Marie: 2009)